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DIA INTERNACIONAL DA MULHER: NENHUMA MULHER A MENOS, NENHUM DIREITO A MENOS!

Nesse dia 8 de março de 2016, nós, da diretoria da Associação Nacional de História – Sessão Paraíba (ANPUH-PB), consideramos fundamental a participação de todas as professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, filiadas e filiados de nossa Entidade nas atividades pautadas para acontecer nas diversas cidades paraibanas relacionadas à Parada Internacional das Mulheres.

Entre nós, brasileiras, a pauta dessa “greve feminina” incorpora a luta conta a retirada de direitos e os ataques ao mundo do trabalho, intensificado a partir do golpe de 2016 em nosso país. Esses ataques atingem de forma mais brutal as mulheres trabalhadoras, tanto no que se refere à proposta de reforma previdenciária já encaminhada ao Congresso Nacional, PEC 287/2016, que lhes amplia o tempo de trabalho e de contribuição previdenciária desconsiderando a existência de suas múltiplas jornadas de trabalho, como a retirada de direitos trabalhistas pretendida pelo governo golpista, que torna mais vulnerável a situação das mulheres.

Durante o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, Clara Zetkin (1857-1933), militante socialista alemã propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher como uma data de conscientização das lutas das mulheres trabalhadoras posteriormente, vinculou-se a proposta de Clara Zetkin ao dia 8 de março em memória a operárias têxteis de Nova York que morreram num incêndio em 1857, decorrente tanto das péssimas condições de trabalho como da excessiva exploração que levava os donos das fábricas a trancarem as portas de saída obrigando-as a cumprir mais horas de trabalho. Embora outras versões históricas disputem essa origem, o importante é que todas são vinculadas às lutas das mulheres por direitos e proteção à vida no mundo do trabalho. Nesse 8 de março as brasileiras, trabalhadoras de todos os setores da sociedade civil, do campo e da cidade, são convocadas a parar suas atividades contra a retirada de seus direitos previdenciários e trabalhistas, conquistas de muitas décadas de lutas, e por sua pauta específica, da qual destacamos o combate à violência contra a mulher, simbolizada pela chamada “Nenhuma a menos”, contra o racismo que atingem negras e indígenas, pela ampliação da participação das mulheres no mercado de trabalho com salários e jornadas iguais aos dos homens, pois ainda são burlados em inúmeros setores, principalmente no mercado de trabalho privado. Some-se a isso a luta pelo fim da lesbofobia e da transfobia.

Inúmeras conquistas foram o produto dessas lutas no rumo da liberdade e da igualdade de gênero. A presença da mulher em todas as profissões e em todos os campos do conhecimento na sociedade contemporânea é uma realidade que nos coloca na rua hoje, para reafirmar que não será aceito nenhum direto a menos!

João Pessoa 08/03/2017
Diretoria ANPUH-PB

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